quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Minha Morte de Cada Dia



Outras sombras em cada noite
Outras vidas em cada dia
A quanto tempo não me chamaram mais pelo meu nome
Meu verdadeiro nome
Meu nome de homem
Meu nome de Deus
MEU NOME
Entardeci cedo demais
Sobre um véu de noite e de dia
Quando me falam que envelheci
Demonstro em mim as fases da vida
A minha senescência de cada hora
Eu me tornei homem nos meus conselhos
Me tornei cor nas horas de sonhos
Hoje não me torno mais
E morro
Morro todo dia
Como um crepúsculo numa tarde comatosa de inverno
Como o sexo de uma borboleta colorida
Como o som final de uma cigarra
O último resquício de uma vida
A primeira fonte de vida eterna

Stefano G. Machado

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