sábado, 26 de dezembro de 2009

Carta a um suicida


Entornada em ópio e veneno
vem bela e sutil, como as flanelas angelicais
Retira de mim tua causa
Retira de mim tua mancha
Teu sangue de fogo e dor
Retira teu ódio
Retira de mim teu calor
Retira de mim todos os grãos de areia da ampulheta de minha vida
Como a dama da meia noite
A bailarina alada do fosso
O arauto da boa nova em assassinatos de esperança
Olhe o tic tac do tempo
Sois sozinhas em teu manto
Mas casada com o tempo
Ó senhora dos templos
Ó nome sinonímio de desgraça
Me desmanche em horas ardis
Mas não me deixas escolher o beijo da morte.


Stefano Machado tão perto dela em outros.

Um comentário:

  1. Legal, "Carta a um suicida".

    Nem sempre o suicidio trás a morte. A morte não é vida.

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